Quando no final do meu dia de trabalho chegava a casa da avó sorrias-me, saltavas e soltavas gritinhos, mas não me davas os beijinhos, nem os abracinhos que eu tanto ansiava. Respeitei-te. Respeitei o teu espaço e a tua atitude, como tanto gosto que façam comigo.
Mas o meu pobre coração ficava triste, triste, triste… Mas continuei a respeitar.
Então decidi ter uma conversa contigo. Expliquei-te que passava o dia todo com saudadinhas tuas, que estava sempre à espera que chegasse o momento de correr para casa da avó só para te ver e dar um abracinho bom e um beijinho doce de mel! Acho que gostaste da encenação que fiz da história verdadeira que é a nossa vida. Nessa noite apareceste junto de mim, no meu quarto, enquanto dormia (de madrugada, portanto!) e disseste: “ mamã, tinha saudadinhas tuas!”
E verdade seja dita, a partir desse dia passaste a correr para os meus braços quando chego a casa da avó, e dás-me beijinhos doces de mel. E à noite, no momento de adormeceres perguntas-me: Amanhã vais a correr para casa da avó para te dar abracinhos e beijinhos doce de mel?
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